Temos como Missão potenciar e desenvolver ao máximo todos os recursos de cada modalidade, com o objectivo de atingir os melhores resultados. A nossa Visão tem como finalidade colocar e destacar Portugal como potência do Desporto
Temos como Missão potenciar e desenvolver ao máximo todos os recursos de cada modalidade, com o objectivo de atingir os melhores resultados. A nossa Visão tem como finalidade colocar e destacar Portugal como potência do Desporto
Ao longo da história moderna foram vários os exemplos que demonstraram o poder do desporto para a unificação, reconciliação de fações opostas, poder ainda maior que o político.
Nélson Mandela disse “O desporto pode criar esperança onde antes havia desespero; é mais poderoso que o governo em quebrar barreiras sociais; o desporto tem o poder de mudar o mundo”.
O ex-Secretário-geral da ONU, Koffi Anan, reforçou essa importância quando escreveu que “O desporto é uma linguagem universal que pode aproximar povos quaisquer que sejam as suas origens, passado, crenças religiosas ou condições económicas.”
Em 2007, o francês campeão mundial de Pentatlo Moderno, Joel Bouzou, fundou a Organização Internacional para a Paz pelo Desporto – A Paz e Desporto, tendo no preâmbulo do seu regulamento a afirmação "O conceito da paz sustentável implica não só a ausência de guerra, mas também a criação de uma estrutura social imbuída de valores que contribuam para a manutenção da paz- trabalho em equipa, fair play, disciplina, confiança mútua, diálogo, fraternidade."
Num dos periodos mais críticos para a Paz mundial, com a crise entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul por causa do desenvolvimento de armas nucleares, a separação dos dois países com mais de 68 anos diminuiu com a participação de uma equipa mista de atletas das duas Coreias nos Jogos Olímpicos de Inverno. O exemplo mais recente em como o desporto é o maior motor do diálogo e da paz, foi a exibição de atletas de Taekwondo da Coreia do Norte e da Coreia do Sul no Vaticano, para o Papa Francisco.
Conforme escreveu o académico brasileiro Wanderley de Vasconcelos em “Desporto, poder e relações internacionais” “O desporto favorece e fortalece os vínculos de aproximação dos povos e a comunhão de afinidades, que conduzem à conquista de simpatias, passando estas para as instâncias governamentais ou, melhor, dos estados”.
Foi assim com o rugby em África do Sul, foi assim que nos Jogos Olímpicos de Berlim durante a II Guerra Mundial com a demonstração de atletas negros a contrariarem a premissa nazi da supremacia ariana e será sempre assim, através do Desporto, que a Paz prevalecerá entre os Povos e no Mundo.
Na conferência de imprensa após o final da Taça de Portugal que colocou frente a frente o Sporting Clube de Portugal e o Desportivo das Aves, num jogo vencido por este última equipa, José Mota, treinador do Desportivo das Aves, criticou duramente todos os orgãos de comunicação social por terem apenas como único foco o Sporting Clube de Portugal e tudo o que o envolve, desde adeptos, equipa técnica, equipa directiva, etc.
O técnico português do Desportivo das Aves disse: "Acho uma falta de respeito como nos trataram, finalista com todo o mérito. Sou português como todos os outros, sou português de primeira".
Não me admiraram os comentários mas surpreendeu-me a demora com que foram ditos. Sendo amante de todo o desporto na sua generalidade recordo-me velhos programas do tempo em que só existiam dois canais públicos, e que no primeiro canal aos domingos à noite havia um programa chamado "Domingo Desportivo" que falava de todos os jogos da primeira divisão do campeonato nacional de futebol, onde todos tinham voz, uns mais que outros, é certo, mas onde todos eram vistos e ouvidos. Eram vistos resumos de todos os jogos do campeonato nacional, eram vistos todos os golos da jornada e era escolhido o golo da jornada. Nesse programa ainda havia espaço para as modalidades ditas amadoras.
Hoje, o que é que vemos?
Vários canais de televisão com programas dedicados exclusivamente ao futebol profissional da primeira liga, com paineis de pseudo-comentadores representantes apenas do F.C. Porto, S.L. e Benfica e do Sporting C.P. em que os temas de discussão há muito que deixaram de ser o futebol e onde os insultos e trocas de acusação são prática corrente.
Qual é a opinião sobre este tipo de cobertura desportiva dos órgãos de comunicação social?
O Desportivo das Aves conquistou a Taça de Portugal e muitos manifestaram-se surpreendidos. Se os órgãos de comunicação social fizessem a cobertura adequada à actividade desportiva de cada uma das equipas em competição, o resultado obtido seria uma surpresa?
Portugal tem estado no centro das atenções desportivas pelas piores razões. Vários atos de violência foram sendo registados ao longo das épocas desportivas das várias modalidades, passando por cânticos, troca de insultos e agressões físicas.
Os últimos casos de violência ocorreram com o final do campeonato nacional de futebol, associados a um clube que durante todo o ano procurou disputar a conquista do título de campeão nacional. A derrota no último jogo e a perda do segundo lugar permitiu a manifestação de alguns adeptos que aguardaram os jogadores da equipa no sentido de os ameaçar e com eventuais tentativas de agressão física.
Tentando compreender a violência manifestada pelos adeptos, tentamos entender estudos como a hipótese da emoção-instinto de Freud e Adler que influenciou uma investigação que permitiu a perfazimento de que toda agressão é sempre consequência duma frustração anterior. Culpa-se a sociedade, criadora de todos os desapontamentos. É uma teoria basicamente psicológica.
Numa teoria mais sociológica para expor a violência, na doutrina de Bandura e Walters a agressão é aprendida, assim como todo o comportamento humano é conhecido com a vivência e as inter-relações. Sendo assim, se compreende o homem como resultado do meio, manipulado pelo meio envolvente, levado à conduta criminosa pela cruel sociedade.
Nesta teoria sociológica, entende-se que o delinquente acaba por impregnar-se do que o rodeia, reproduzindo comportamentos, manipulado, especialmente, pelos media.
O Tratado nº 120 da União Europeia, que considera a violência como um “fenómeno social atual de grande envergadura cujas origens são essencialmente exteriores ao desporto, e que o desporto é frequentemente o palco de explosões de violência”, indo de encontro à ideia de que não é inerente ao espetáculo desportivo mas que o espetáculo serve de pretexto para as manifestações de violência.
As claques são uma das marcas da violência no desporto. A enorme maioria dos acontecimentos narrados com violência em recintos desportivos. Estas, bastantes vezes impelidas pela exaltação cega ao seu grémio e pela determinação em apoia-lo incondicionalmente, têm posturas que em nada beneficiam os espetáculos. As claques, têm sido nos anos antecedentes o expoente máximo da violência.
Face ao quadro jurídico desportivo em Portugal, todos os clubes que possuem claques organizadas devem estar registadas no Instituto Português do Desporto e da Juventude. Esta obrigação legal aproximou as claques e os seus líderes dos clubes e respetivas direções, levando à criação de gabinetes que visam a proximidade dos membros das claques aos jogadores, que muitas vezes coadjuvam na programação das atividades desenvolvidas no decorrer das competições em que cada clube está envolvido, etc.
O Presidente de cada uma das direções clubísticas e os mais destacados membros dessas direções, pelas posições que ocupam no seio dos clubes, são membros respeitados, relevando uma supremacia sobre os membros das claques.
Com base nas teorias psicológicas e sociológicas supra mencionadas, o que se pretende aqui perceber é:
O que podem fazer os membros das direções clubísticas para evitar atos de violência como os que têm sido expostos no desporto?
Qual a responsabilidade destes, nos atos de violência executados pelos elementos de claques?
Não são novas as notícias e denuncias que mancham o desporto e colocam em causa a verdade desportiva.
Em Portugal, casos como o Apito Dourado, Vouchers, E-Toupeiras e outros que diariamente vão surgindo como a mais recente compra de resultados e título de andebol em Portugal por parte de um dos três grandes clubes portugueses, fazem-nos levantar questões associadas aos valores olímpicos.
Sabendo que originalmente os valores olímpicos pretendiam proteger o desporto amador do profissionalismo, fomos verificando mudanças no desporto amador que, não sendo profissional, se passou a designar de Alta Competição.
Não me pronunciarei sobre estratégias empresariais promovidas pelos clubes para poderem potenciar as suas modalidades amadoras, contratando para as suas equipas os melhores atletas que possam servir as suas necessidades e leva-los a cumprir os seus objectivos, tão somente dos valores olímpicos.
Amizade, Respeito e Excelência, são os valores olímpicos que intrinsicamente deveriam estar associados a todos os atletas, sejam eles amadores, de alta competição ou até mesmo profissionais.
Acreditando que pela Amizade podemos entender a manifestação de atitudes e sentimentos positivos, como simpatia, empatia, honestidade, compaixão, confiança, solidariedade e reciprocidade positiva; como Respeito, o fair play, a honestidade, um sentimento positivo de consideração pelo outro de um país ou credo religioso diferente. Por fim, a Excelência que tem tudo a haver com dar o melhor de si, tanto no desporto como na vida, participar e progredir de acordo com os seus objectivos.
Sendo crente que estes três valores estão presentes, quer nos colectivos quer nas suas individualidades, questiono-me:
Onde fica o respeito da entidade empregadora, que se vê envolvida em pretensos casos de corrupção, face aos atletas que contrata e que ao longo da época se esforçam, dando o melhor de si, que terminam em lugares de destaque, seja a vencerem campeonatos, seja a obterem as melhores classificações a que se propõem.
Onde fica a verdade desportiva no meio de todo este turbilhão de notícias sobre corrupção desportiva?
Antes de iniciar a escrever sobre o tema, devo esclarecer que não sou expert sobre questões psicológicas e/ou mentais e que este texto foi construído com base em artigos sobre vários atletas de alto rendimento.
Faz todo o sentido escrever sobre a depressão no desporto quando percebemos que aqueles que são os nossos ídolos desaparecem da ribalta de um momento para o outro sem que percebamos o porquê de tal acontecimento e logo num momento em que tudo fazia crer que conquistariam muitos mais triunfos e dariam satisfações aos seus adeptos.
A depressão é uma das doenças mentais mais comuns a nível mundial e, segundo uma estimativa da Organização Mundial de Saúde, em 2015 atingia cerca de 322 milhões de pessoas. Os principais sintomas da depressão incluem tristeza, choro fácil, retirada e evitamento do contacto social e das atividades habituais, alterações de apetite e de peso, fadiga e falta de concentração. Sobre a população alvo da depressão, um estudo aponta que os atletas não têm uma tendência maior a sofrer depressão, mas demoram mais tempo a procurar tratamento por se acharem "invencíveis". Vistos pela sociedade como física e mentalmente aptos, os atletas representam o pilar da saúde e bem-estar – estas projeções e expectativas neles depositadas tornam mais difícil a procura de ajuda.
A nível do desporto cada vez mais a excelência é requisito essencial na formação do atleta – o nível de competitividade está em constante crescimento o que leva a um elevado desgaste quer físico, quer mental.
Os atletas de alto rendimento estão em risco de vir a sofrer de depressão dado, não só à elevada pressão, mas também às expectativas (quer individuais, quer da equipa), mudanças de clube, lesões, ficar no banco – estes momentos críticos podem desafiar a auto-estima e sentido de competência do atleta, contribuindo para o aparecimento dos sintomas acima referidos.
Muitos atletas passam anos a preparar-se para uma única oportunidade (uma ida aos Jogos Olímpicos, por exemplo) – a preparação intensa, o treino diário e a adaptação do quotidiano para ir de encontro às necessidades que o desporto de alto rendimento impõe passam a dominar a vida do atleta. Após esse evento específico, um atleta pode ter dificuldade em reintegrar-se numa rotina que não se foque exclusivamente no desporto e ficar deprimido se não estiver preparado para esta transição.
O caso mais mediatico talvez seja o do super-campeão de natação Michael Phelps. Com a conquista de 28 medalhas, 23 delas de ouro em natação. Com crises depressivas pós-competição, Michael Phelps lutou contra os pensamentos e tendências suicídas voltando a conquistar medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Nas palavras dele “Desde que comecei a falar é como se a vida ficasse… fácil. Ou melhor, mais fácil. porque não estou a guardar todas as coisas aqui dentro, sou capaz de me abrir e sinto-me confortável a falar do que sinto. É-me cada vez mais fácil falar dos problemas pelos quais passei. Para mim o segredo foi começar a comunicar, a falar sobre as minhas lutas, pedir ajuda. Eu nunca tinha pedido ajuda, nunca, e acho que parte era pelo medo da rejeição”.
Em Portugal, foi a triatleta Vanessa Fernandes talvez o nome mais sonante a sofrer com a depressão que a levou a suspender a sua carreira desportiva em 2011 com 25 anos de idade, depois de ter conquistado a medalha de prata em Pequim. Segundo o psicólogo Sidónio Serpa, quando os jovens entram num processo de alto rendimento,"a especialização ainda é maior, deixa de existir tempo para socializar, para os amigos. Nessa transição tende a existir uma processo de reorganização social. É aqui que acontece a maioria dos abandonos". A gestão da carreira, a forma como o atleta se envolve no alto rendimento e as pressões sociais criadas por familiares e amigos são factores determinantes para um abandono precoce."Nos atletas de alta competição a origem social pode ser importante. A redução da vida a essa prática é altamente redutora. A inexistência de outras actividades paralelas pode provocar problemas aos atletas que quando falham no desporto falham na vida".
Também no futebol e no país do futebol Nilmar, Pedrinho, Fenômeno, Cicinho e Thiago Ribeiro sentiram o efeito da depressão, quase destruindo as promissoras carreiras desportivas nos seus clubes. A doença é transversal a todas as modalidades desportivas como demonstram também Diego Hypólito na ginástica, Rafela Silva no judo ou Joanna Maranhão na natação.
O desafio que agora se coloca é, o que fazer para proteger os atletas de alta competição de todas as pressões que conduzem à depressão?
Hoje, com a quebra do recorde do triplo salto de Nelson Évora por parte do atleta cubano nacionalizado português Pedro Pablo Pichardo, levantou-se a polémica sobre a validade da nova distância alcançada.
Há alguns anos a esta parte que Portugal viu vários atletas portugueses nascidos fora do país ou naturalizados conquistarem lugares de destaque em competições internacionais. Talvez o mais badalado seja o título de Campeão da Europa da selecção nacional de futebol onde jogaram Nani, de Cabo Verde, William Carvalho, natural de Angola, Éder, da Guiné Bissau ou Pepe, brasileiro naturalizado português, a exemplo do que acontecera com Deco. Aliás, para completar um onze no futebol poderímos acrescentar Douglas Costa, Fernando, Bruma, Marquinhos, Anthony Lopes e Aladje.
Mas estas opções não se resumem ao futebol. Voltando novamente ao atletismo, o próprio Nelson Évora tem origem cabo verdiana, embora tenha nascido na Costa do Marfim. Naíde Gomes, de S. Tomé e Príncipe, Francis Obikwelu, da Nigéria ou Tsanko Arnaudov, da Bulgária são outros exemplos.
Arthur Hanse, nascido em Paris e Kequyen Lam, filho de pais chineses que fugiram para Macau, foram os representantes de Portugal nos Jogos Olímpicos de Inverno 2018.
Seriam bem mais as nomeações de atletas nacionalizados portugueses ou naturais de outras paragens que não Portugal nas mais variadas modalidades mas não o faremos, deixando aos leitores esse exercício.
Sem querer entrar na discussão sobre as vantagens ou desvantagens que as naturalizações poderão trazer ao país, deixo esta ideia para discussão.
Quando vejo os resultados obtidos por americanos, russos ou chineses em Jogos Olímpicos ou Campeonatos do Mundo de uma qualquer modalidade penso que tal se deve à vantagem da densidade populacional, a elevada concorrência que os obriga a tentar sempre serem melhores.
Olhando para estes exemplos, vejo uma comunidade lusófona que junta são cerca de 275 milhões de falantes de língua portuguesa. Entre todos estes milhões, e porque estamos todos inseridos numa comunidade designada por CPLP, o que fazer para potenciar o desporto português e desenvolver e fazer crescer o desporto dos países constituintes da CPLP?
Muitas têm sido as notícias sobre as mortes de desportistas no âmbito competitivo ao mais alto nível. Sendo este um fenómeno recorrente e de há muitos anos, assumiu proporções de maior publicidade com a evolução e surgimento dos novos canais de comunicação.
A morte mais sonante ocorrida recentemente foi a de Davide Astori, durante o seu descanso devido a problemas cardíacos, seguida de uma outra que atingiu o jovem jogador de 19, Thomas Rodriguez, que jogava Tours, treinado pelo português Jorge Costa, também durante o sono. A morte mais recente no futebol e no desporto aconteceu ontem, na Croácia, com a morte do jovem de 25 anos de idade, Bruno Boban, jogador do Marsónia da Croácia.
Se recordarmos o passado do desporto português, encontramos o primeiro caso mediático em 1973 com a morte de Pavão, jogador do F.C. Porto, durante uma partida contra o Vitória de Setúbal. Mais mediática foi também a morte do jogador do S.L. Benfica Miklos Féher, no dia 25 de Janeiro de 2004, que morreu em campo após ter visto um cartão amarelo numa partida contra o Vitória de Guimarães, de Janeiro de com o jogo a ser transmitido em direto por um canal televisivo. Todas as imagens de dor, impotência perante o cenário de falta de respostas do jogador provocaram sentimentos de angustia não apenas nos adeptos mas em todos os amantes de desporto. Também em 2004, um outro jogador do Benfica do escalão júnior, Bruno Baião sofreu uma paragem cardiorrespiratória pouco depois de ter recebido a notícia que iria assinar um contrato profissional com o clube que representava.
Também Hugo Cunha, da União de Leiria, caiu inconsciente no relvado aos 28 anos, vítima de paragem cardíaca, quando jogava com amigos, a 25 de junho de 2005. Ainda em Portugal, poderíamos recordar a vida perdida de Francisco Ribeiro, um jovem jogador de andebol do Boavista F. C., quando no final de um treino caiu inanimado vítima de uma paragem cardiorrespiratória.
De todas as lamentáveis perdas provocadas pela morte, a mais sonante de todas foi a que aconteceu em 26 de junho de 2003 em Lyon - França, quando o camaronês Marc-Vivien Foé, de 28 anos, caiu no círculo central, numa das meias-finais da Taça das Confederações de futebol.
Poderíamos fazer referência também aos casos de Antonio Puerta (em 2007), Daniel Jarque (em 2009) Piermario Morosini, de 27 anos de idade, que em 2012 morreu na sequência de um ataque cardíaco sofrido no Stadio Adriatico, em Pescara, e que foi o segundo jogador a falecer devido a um problema cardíaco num encontro de futebol naquele ano, depois da morte de Venkatesh, do Bangalore Mars.
Certamente que muitos se questionarão sobre estas ocorrências em atletas de alta competição que por norma são sujeitos a rigorosos exames médicos. O Dr. Vasco Alves Dias, Consultor de Cardiologia da Federação Portuguesa de Ciclismo e o Dr. Nuno Loureiro, Médico das Seleções Nacionais de Ciclismo/Federação Portuguesa de Ciclismo procuraram responder às questões num documento elaborado pela Federação Portuguesa de Ciclismo, referindo que "As causas dependem da idade, sendo que em indivíduos com mais de 35 anos a principal causa é o enfarte agudo do miocárdio (EAM), que ocorre devido à formação de placas (de gordura) ateroscleróticas nas artérias coronárias, que são as artérias que irrigam o coração. Os factores de risco para esta doença são: Hipertensão arterial, Obesidade, Tabagismo, Diabetes, Colesterol e/ou Triglicerideos elevados, entre outros. Nos atletas mais jovens as causas são sobretudo devido a alterações estruturais existentes no coração. As mais frequentes são: miocardiopatia hipertrófica que é uma doença genética relativamente frequente (1:500) que se caracteriza por um aumento anormal e exagerado do músculo cardíaco que predispõe ao aparecimento de arritmias malignas. Outra doença é a displasia arritmogénica do ventrículo direito (a causa mais frequente no registo italiano) que também tem um forte carácter genético e se caracteriza por uma infiltração adiposa no ventrículo direito. Outras causas nesta faixa etária incluem anormalidades congénitas nas coronárias, na artéria aorta, problemas nas válvulas cardíacas ou alterações da condução elétrica no coração. (Síndrome de Wolf-Parkinson-White, QT longo, Brugada, etc)"